Arrecadação federal atinge recorde de R$1,138 tri em 2013
Arrecadação subiu 4,08% com o ingresso de receitas extraordinárias minimizando efeitos de desonerações e baixo crescimento
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Já as receitas extraordinárias, ou aquelas que não são recorrentes, alcançaram a cifra recorde de 28,4 bilhões de reais no ano passado. Deste total, o programa de refinanciamento de débitos tributários (Refis) gerou receita de 21,8 bilhões de reais.
"O crescimento de 4,08 por cento para receita total foi bastante positivo. Claro que a receita extraordinária do último trimestre influenciou significativamente", comentou o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto.
Barreto espera que a arrecadação cresça em termos reais pelo menos 2,3 por cento no primeiro trimestre de 2014. E disse estar otimista com o desempenho do ano, em função da lucratividade das empresas "que tem tido comportamento muito bom" e também pela "manutenção dos níveis de crescimento do consumo".
Mas diante das incertezas em relação ao crescimento econômico, o secretário disse que somente poderá fazer uma projeção para a arrecadação do ano depois que o governo revisar os parâmetros macroeconômicos de 2014, em fevereiro.
Em dezembro, a arrecadação federal de impostos e contribuições subiu para 118,364 bilhões de reais, alta real de 8,25 por cento ante igual mês de 2012 e de 4,24 por cento ante novembro de 2013. O desempenho ficou um pouco acima da expectativa de analistas consultados em pesquisa Reuters, que previam, de acordo com a mediana, arrecadação de 116 bilhões de reais em dezembro.
O bom desempenho da arrecadação em dezembro ajudou o governo central -- Tesouro, Banco Central e Previdência - a cumprir a meta de superávit primário para o ano de 2013, conforme antecipou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no início do mês.
A carga tributária brasileira é uma das mais altas da América Latina. Os dados mais recentes divulgados em dezembro pela Receita Federal mostram que a carga tributária subiu para 35,11 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, ante 33,53 por cento em 2010.
"Não há como fazer política econômica sem arrecadação", disse o secretário da Receita.
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