quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Arrecadação federal sobe pelo 13º mês seguido

da AE

No momento em que ressurge a pressão do governo federal e dos governadores para a ressurreição da extinta CPMF (o imposto sobre o cheque), a arrecadação da Receita Federal bateu recorde pelo 13º mês consecutivo e somou R$ 74,42 bilhões. Embora o ritmo de crescimento tenha perdido fôlego e desacelerado, a arrecadação do mês foi a segunda maior do ano, atrás apenas de janeiro.
A Receita informou ontem que a arrecadação em outubro apresentou alta real (acima da inflação medida pelo IPCA) de 2,89% sobre outubro de 2009, e de 16,48% em relação a setembro deste ano. No acumulado do ano já entraram R$ 648,02 bilhões nos cofres do governo, expansão de 11,87% em relação a janeiro e outubro de 2009.
O crescimento da arrecadação de outubro foi o menor do ano, mas o resultado refletiu em boa parte uma base de comparação inflada no ano passado pelo ingresso no caixa da União de R$ 5 bilhões de depósitos judiciais que estavam na Caixa Econômica Federal.
Pelos cálculos da Receita, expurgados esses depósitos, o saldo de outubro teria crescido 10,96%, e não os 2,89% efetivamente apurados.
Para o subsecretário de tributação da Receita, Sandro Serpa, o aumento da arrecadação permanece vigoroso e a tendência é de expansão. Serpa reconheceu, porém, que a velocidade de alta, mesmo sem considerar os depósitos judiciais, desacelerou. É que em setembro a receita com impostos crescia a ritmo de 17,68%.
Ele ponderou, no entanto, que em outubro do ano passado teve início a recuperação do crescimento da arrecadação, depois do período de sucessivas quedas, que refletiram os efeitos da crise financeira.
Daqui para frente, ressaltou Serpa, a base de comparação volta à "normalidade" e o crescimento será menor. O subsecretário evitou comentar se mesmo com a arrecadação robusta o governo precisa da nova CPMF. "Essa é uma questão política", desconversou.

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