MP para tabela do IR será enviada 'nos próximos dias'
A presidente Dilma Rousseff enviará nos "próximos dias" ao Congresso uma Medida Provisória corrigindo em 4,5% a tabela do Imposto de Renda
Leonêncio Nossa - 24/02/2011 - 16:56
A presidente Dilma Rousseff enviará nos "próximos dias" ao Congresso uma Medida Provisória corrigindo em 4,5% a tabela do Imposto de Renda
Leonêncio Nossa - 24/02/2011 - 16:56
A presidente Dilma Rousseff enviará nos "próximos dias" ao Congresso uma Medida Provisória corrigindo em 4,5% a tabela do Imposto de Renda. Em entrevista realizada nesta tarde de quinta-feira (24) no Palácio do Planalto, o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, relatou que a presidente determinou ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, a preparação do texto com essa mudança. Luiz Sérgio não especificou em qual dia a MP será enviada, mas sinalizou que isso deve ocorrer no início da próxima semana.
Questionado se o governo não teme um novo embate com as centrais sindicais - que querem um porcentual de correção maior para o tabela do IR -, Luiz Sérgio disse que o Planalto fez um acordo com as próprias centrais em relação ao tema e vai cumprir o que foi estabelecido, ou seja, os 4,5% de correção. Ele declarou, também, que a proposta definindo o ajuste da tabela será feita por meio de Medida Provisória, com o objetivo de garantir que a alteração tenha efeito imediato.
Na entrevista, o ministro disse que a presidente Dilma ficou satisfeita com a aprovação, nesta quarta-feira (23), no Senado, da proposta do governo de um salário mínimo de R$ 545. Ele afirmou que o governo não trabalha com a perspectiva de punir cinco senadores da base aliada que votaram contra o projeto. "Estamos satisfeitos que a grande maioria da base aliada tenha atendido ao pedido do governo. Esses casos pontuais de dissidência são problemas dos partidos e não do governo", afirmou. Luiz Sérgio voltou a dizer, como nas últimas semanas, que o governo não fez barganha para garantir a aprovação do salário mínimo de R$ 545 na Câmara e no Senado.
Ao ser perguntado se grandes nomes do PMDB que atualmente estão sem cargo no governo, como o ex-ministro de Integração Nacional, Geddel Vieira Lima; o ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende; e o ex-governador da Paraíba, José Maranhão, tinham data para assumir postos no segundo escalão federal, ele respondeu: "Isso não tem data para começar. É um processo natural. Não há vinculação entre a aprovação do salário mínimo e a composição do governo".
O ministro Luiz Sérgio aproveitou para desvincular o Planalto das ações de líderes aliados de criar um novo imposto para garantir recursos para a área da saúde, uma espécie de nova CPMF. Ele disse que o líder do governo na Câmara, deputado Ângelo Vaccarezza (PT-SP), não está falando pelo governo. "Até porque não existe esse debate de CPMF no governo. Eu liguei para o líder Vaccarezza para dizer que não tem essa discussão no governo", declarou.